O ISQ anunciou a sua participação como parceiro-chave no projeto europeu BIOMAC, que está a redefinir a forma como a Europa desenvolve e industrializa materiais sustentáveis de base biológica, com impacto direto em setores como o automóvel, agricultura, embalagem alimentar, construção civil e eletrónica impressa.
Financiado pela União Europeia através do programa Horizonte 2020, com um orçamento total de 14,8 milhões de euros, o BIOMAC criou um ecossistema de inovação aberta com 17 linhas piloto e serviços técnicos avançados, promovendo a transição de soluções baseadas em biomassa renovável — como celulose, lignina, nano-celulose, ácido láctico e biochar, do laboratório para o mercado.
“Queremos garantir que a sustentabilidade começa na conceção dos produtos e acompanha toda a sua trajetória até ao consumidor final”, afirma Helena Monteiro, gestora do projeto no ISQ.
Ao longo do projeto, o ISQ contribuiu com ferramentas de machine learning, eco-design, análises de ciclo de vida (LCA) e de custos (LCC), apoiando empresas na criação de materiais mais eficientes, seguros e com menor impacto ambiental. A instituição portuguesa também liderou a análise de riscos ocupacionais associados a nanopartículas, propondo medidas de segurança concretas para proteger trabalhadores e consumidores.
O consórcio BIOMAC, que envolve 33 parceiros de 12 países, deixa como resultado um modelo de "Single Entry Point", facilitando o acesso de empresas a tecnologias, conhecimento e infraestruturas de ponta. O objetivo passa por acelerar o desenvolvimento industrial de nanomateriais sustentáveis, reduzindo custos e riscos de mercado.
Com esta participação, o ISQ reforça a sua posição como agente de inovação no contexto europeu e como parceiro estratégico para o desenvolvimento de materiais de nova geração, plenamente alinhado com o Pacto Ecológico Europeu e a transição para uma bioeconomia circular.
