O segmento de embalagem foi uma das principais alavancas de crescimento da The Navigator Company no primeiro semestre de 2025, confirmando a relevância estratégica da diversificação do portefólio.
Num contexto macroeconómico instável, a empresa portuguesa destacou-se pela expansão das vendas em flexible packaging, pelo investimento industrial em Setúbal e pela consolidação da sua posição como o 4.º maior produtor europeu de papéis de embalagem flexível de baixas gramagens.
A aposta em inovação resultou no crescimento de 8% no volume de negócios do segmento de packaging, impulsionado pela criação de novas gamas de produtos e pela maior penetração em mercados e clientes exigentes, nomeadamente nos segmentos de baixas gramagens. A fibra de eucalipto globulus, uma das mais valorizadas na produção de papéis técnicos, voltou a demonstrar o seu potencial, com um aumento de 9% na área de papel vendida para aplicações de embalagem.
O investimento na reconversão da máquina PM3 da fábrica de Setúbal – que anteriormente produzia papel de impressão e escrita – foi decisivo para este reposicionamento estratégico. A nova linha focada em papéis de embalagem flexível coloca a Navigator no 1.º quartil de competitividade europeia, permitindo responder de forma mais ágil às exigências de um mercado em crescimento contínuo (estimado entre 2,5% e 3% ao ano até 2035).
A boa aceitação dos papéis da gama gKRAFT™ confirma o alinhamento da Navigator com as tendências do mercado e as exigências de sustentabilidade das marcas e consumidores.
O segmento de packaging beneficiou dos investimentos em sustentabilidade, que representaram 60% dos € 94 milhões investidos pela Navigator no semestre. Projetos como a nova caldeira de recuperação em Setúbal, a cogeração em Aveiro e os fornos de cal a biomassa ilustram a orientação estratégica da empresa para a descarbonização e a eficiência energética, criando sinergias com a produção de embalagens técnicas e sustentáveis.
Com um volume de negócios de € 1.019 milhões e um EBITDA de € 216 milhões, a Navigator registou uma margem EBITDA de 21,2%, mesmo num contexto marcado por instabilidade geopolítica, volatilidade cambial e aumento dos custos energéticos. A diversificação – que inclui os segmentos de packaging e tissue – representa já cerca de 30% do volume de negócios da empresa.
