Madrid foi a cidade escolhida para revelar a AccurioLabel 400, protótipo da nova máquina de impressão de etiquetas da Konica Minolta.

No showroom dos escritórios em Espanha, a fabricante vai ter uma semana dedicada a receber os clientes de diversos países, incluindo Portugal, para dar a conhecer a nova proposta para a produção de grandes volumes.

AccurioLabel 400

"A AccurioLabel 400 adiciona à nossa vasta gama de soluções de impressão inovadoras para permitir a transformação digital, que incluem também fluxo de trabalho, automatização de software e processos, e soluções em Cloud, como parte do caminho para a fábrica inteligente. A digitalização da indústria de rótulos continuará a acelerar, com um crescimento previsto de dois dígitos ao ano. A oportunidade está em todo o lado. É preciso apenas uma faísca para que isso aconteça”, diz Carsten Bamberg, Business Development Manager do Professional Printing Group.

A Konica Minolta, que revelou ser líder de mercado com uma quota de mercado de 28% em 2021, mostrou o equipamento durante o evento European Labels & Packaging Exhibition. Após a semana de demonstrações, a máquina será transportada para Lagenhagen, na Alemanha, para mais testes e finalização, estando a comercialização prevista para começar no primeiro trimestre de 2023.

O que distingue a AccurioLabel 400?

O novo equipamento é, claramente, uma aposta para um segmento de maior volume de produção, algo que já vinha a ser pedido pelos clientes da marca. Já existem 1000 instalações de outros modelos da AccurioLabel em todo o mundo, das quais 8 em Portugal, e a chegada da AccurioLabel 400 pode levar ao upgrade ou troca de alguns desses equipamentos, com vista à expansão das capacidades de produção.

“Uma vez que o target é um mercado para a média / alta produção, há maior capacidade. Isso nota-se nos rebobinadores, nos servomotores e na capacidade de bobine (com diâmetro de 80 mm e até 3000 metros lineares). Há uma maior facilidade para o operador e até no manuseamento do substrato”, explica Diogo Esteves, Customer Experience Specialist.

Diogo Esteves e Carsten BambergDiogo Esteves e Carsten Bamberg

O toner branco é a quinta cor eleita para a máquina, estando disponível como um opcional, e as velocidades de impressão atingem os 39,9 metros lineares por minuto. O toner branco consegue uma opacidade de 72% numa única passagem, algo que apenas é atingido em duas ou três passagens noutros equipamentos da concorrência.

Uma das características mais interessantes, aponta a Konica Minolta, é o Intelligent Quality Care, o IQ-520, que automatiza as tarefas de manutenção e os acertos necessários, mesmo durante a produção, eliminando as distrações do operador e garantindo a qualidade de impressão ao longo da tiragem. É em tempo real que é realizado o controlo da opacidade do toner, da estabilidade da cor, ajustes de densidade e calibração automática. É ainda possível fazer a criação de perfis para uma repetição mais rápida de qualquer trabalho.

Com uma capacidade de digitalização principal equivalente a 3600 dpi, a AccurioLabel 400 imprime em substratos com larguras entre 250 e 330 mm, com gramagens entre os 81 e os 256 g/m2.  O desafio está nos substratos como sleeves e termo retrácteis ou PE, uma vez que a máquina trabalha ao dobro da velocidade e, ao estar por menos tempo em contacto com o fusor, vai necessitar de uma temperatura um pouco superior dificultando a utilização de substratos mais sensíveis ao calor. Apesar disso, a máquina aceita a maioria dos substratos convencionais, sem qualquer necessidade de primários ou pré-tratamentos.

Em Portugal, há clientes para esta máquina?

Sim”, diz Hilário Galiano, PPD & IP Sales ManagerKonica Minolta Business Solutions Portugal. “Poderá ter mais interesse do que as máquinas com menor capacidade de produção. Não só porque traz o branco, mas porque está equipada com o IQ-520, o que permite aumentar a produtividade e a repetibilidade. É possível fazer uma prova hoje e realizar o trabalho daqui a uma semana, sem a necessidade de retirar bobines e fazer novas calibrações. Tudo isso leva tempo e o volume de trabalho é tão grande que contar com o IQ - que é quase como um operador dentro da máquina, que faz todo esse processo de forma automatizada - faz uma grande diferença”. É possível fazer calibrações diárias, criar perfis e manter a qualidade na repetição de trabalhos, o que automatiza os processos e aumenta a produtividade dos clientes, diz Hilário Galiano.

Hilario Galiano e Pedro MonteiroHilario Galiano e Pedro Monteiro

Com este equipamento, a Konica Minolta espera substituir alguns dos que já estão no mercado e acelerar a transformação nas empresas que, até agora, adiaram o investimento no digital. O valor do investimento, contudo, ainda não é conhecido, e a Konica Minolta diz que irá ser divulgado no primeiro trimestre de 2023, altura da disponibilização comercial da máquina.