Após a conclusão de uma validação tecnológica comercial que durou 15 meses, a Tetra Pak está a testar uma opção à base de polímeros para substituir a camada de alumínio das suas embalagens de cartão para alimentos distribuídas à temperatura ambiente.

A camada de alumínio, atualmente utilizada nas embalagens de cartão para alimentos, desempenha um papel fundamental na garantia da segurança alimentar. Contudo, apesar de ser mais fina do que um cabelo humano, contribui para um terço das emissões de gases com efeito de estufa ligadas aos materiais de base utilizados pela Tetra Pak.

Tetra Pak embalagem

A Tetra Pak realizou, no Japão, uma validação tecnológica comercial, iniciada no final de 2020, utilizando uma solução à base de polímeros para substituir a camada de alumínio presente nas suas embalagens. O estudo ajudou a compreender as implicações da cadeia de valor que surgem ao substituir a camada de alumínio por outra alternativa, assim como a quantificar o impacto desta modificação na redução da pegada de carbono. O teste também demonstrou que a camada, alternativa ao alumínio, fornece uma proteção adequada contra o oxigénio nos sumos naturais, enquanto aumenta as taxas de reciclagem num país onde a indústria de reciclagem prefere embalagens sem alumínio.

Gilles Tisserand, Vice President Climate & Biodiversity da Tetra Pak, comenta: "Os primeiros resultados sugerem que a embalagem com uma camada à base de fibras oferecerá uma redução substancial de CO2, quando comparada com as embalagens assépticas tradicionais, bem como um prazo de validade e propriedades de proteção alimentar equivalentes. Acreditamos que este feito desenvolvimento seja um avanço significativo na redução do nosso impacto climático. A par disso, as embalagens com maior quantidade de papel são também mais atrativas para a indústria do papel reciclado; assim, este conceito tem um potencial claro para efetivar uma economia circular com baixas emissões de carbono.”

Eva Gustavsson, Vice-Presidente Materials & Package da Tetra Pak, acrescenta: "A abordagem a questões complexas, como as alterações climáticas e a circularidade, requer inovação transformacional. É por isso que trabalhamos em colaboração, não só com os nossos clientes e fornecedores, mas também com um ecossistema de startups, universidades e empresas tecnológicas, o que nos proporciona acesso a competências, tecnologias e instalações de fabrico de ponta.”

A empresa está agora a testar uma nova barreira baseada em fibras, em estreita colaboração com alguns dos seus clientes. Um primeiro lote piloto de embalagens individuais está atualmente a ser comercializado para ser testado junto dos consumidores, com validação da tecnologia prevista para mais tarde, em 2022.