Há um novo relatório, da Environment International, que analisa 43 produtos bioplásticos diferentes, incluindo vários artigos de uso único. Alguns são produzidos a partir de plantas e algas, que com o tempo se degradam no meio ambiente. A conclusão mostra que alguns podem ser tão tóxicos para os ecossistemas como os materiais que substituíram.
Foram realizadas análises genéticas, bioensaios in vitro, e até espectrometria. Cerca de 80% dos produtos continham mais de 1000 elementos químicos diferentes, com alguns a atingir a marca de 20 000 elementos químicos.
“Dois terços (67%) das amostras induziam toxicidade de base, 42% de stress oxidativo, 23% de antiandrogenicidade e uma amostra de estrogenicidade. No total, detetámos 41 395 características químicas com 186 a 20 965 características presentes nas amostras individuais”, refere o estudo.
Adianta ainda: “A toxicidade era menos prevalente e potente nas matérias-primas do que nos produtos finais. Uma comparação com os plásticos convencionais indica que os bioplásticos e os materiais à base de plantas são igualmente tóxicos. Isto realça a necessidade de se concentrar mais em aspetos da segurança química ao conceber alternativas plásticas verdadeiramente melhores".