A DS Smith realizou um evento online para divulgar os resultados de um estudo realizado em setembro, em conjunto com a consultora Ipsos MORI. A principal questão: será que a pandemia da COVID-19 mudou tudo?

Os resultados mostram que, apesar das alterações nos padrões de compra, os consumidores continuam a dar importância à embalagem mais sustentável.

Cliente mascara supermercado

O evento reuniu Charlotta Lyon, Head of Communications, Teresa del Re, Marketing Director e Wouter van Tol, Head of Sustainability, da DS Smith Packaging, e contou ainda com Alex Baverstock, da Ipsos MORI, que explicou as principais conclusões do estudo.

O estudo mostra que, apesar da crise global de saúde, os consumidores continuam a ter em conta o ambiente: 85% dos inquiridos querem comprar produtos que utilizem a menor embalagem possível e cerca de um terço (29%) admitem que deixaram de comprar determinadas marcas porque as suas embalagens não eram sustentáveis.

Devido aos cuidados de saúde agora necessários, 68% dos consumidores admitiram que tentam passar o mínimo de tempo possível nas lojas, optando pelo e-commerce, muitas vezes. Em Portugal, esse número aumenta para os 87%. Quase metade (48%) dos compradores online afirmaram terem recebido embalagens "não sustentáveis" provenientes do canal e-commerce e um em cada cinco (22%) diz que deixou de comprar a alguns retalhistas online porque o seu packaging não era sustentável.

Preocupações com a higiene

A higiene é outra preocupação para os consumidores, com mais de metade (57%) a dizerem que lavam cuidadosamente as mãos depois de tocarem em produtos recebidos via e-commerce, e 30% a afirmarem que descartam as embalagens mais rapidamente. Isso sublinha a importância de comunicar de forma eficaz, na própria embalagem, acerca da melhor forma de o fazer.

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Além disso, 56% dos compradores preocupam-se relativamente à quantidade de pessoas que tocaram nos produtos na loja (78% em Portugal, 68% em Espanha e 65% no Reino Unido). Como consequência, alguns escolhem artigos que estão no fundo das prateleiras, com menores probabilidades de terem sido tocados.

Um em cada três (33%) também lava ou desinfeta todos os produtos vendidos a granel, como frutas e legumes, e 12% evitam comprar produtos não embalados (22% na Finlândia e 19% no Reino Unido).

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Necessário esclarecer

Fala-se muito de economia circular, porém o consumidor não está esclarecido. Dos inquiridos, apenas 15% conhece o termo “packaging circular”, sendo que em Portugal esse número baixa para os 10%. Na Europa, os mais esclarecidos são os finlandeses (34%) e os alemães (25%).

Os hábitos mudaram, mas as atitudes não!

O estudo conclui que apesar das alterações, mantém-se o desejo de encontrar soluções mais sustentáveis, com menos embalagem desnecessária e com a reciclagem a ser prioritária.

O estudo refere que cerca de 52% dos inquiridos - com destaque para britânicos, suecos e portugueses - procuram a informação sobre a reciclagem no produto ou na embalagem e que cerca de 22% - britânicos e portugueses – têm esse cuidado no linear, antes de decidir a compra.

Porém, a higiene é neste momento muito importante e continuará a ser num futuro próximo. A Ipsos MORI refere que “os blocos para a circularidade existem, mas têm que ser conectados”.

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Sobre o estudo

A análise envolveu a participação de 9000 pessoas de 12 países europeus, incluindo Portugal. Foram entrevistados 500 portugueses, com idades entre os 18 e os 64 anos, entre 24 de setembro e 19 de outubro de 2020.

Os objetivos da DS Smith

Tendo em conta as necessidades dos consumidores, a DS Smith desenvolveu uma série de novos designs de packaging, tais como cuvetes em cartão canelado para frutas e legumes, caixas ecológicas para ovos e soluções para transportar garrafas e produtos lácteos.

Teresa del Re afirma: “o mais importante a saber, sobre a DS Smith, é que temos um propósito: redefinir a embalagem para um mundo em mudança!”

O grupo prevê que a necessidade de novas soluções sustentáveis de packaging aumente nos próximos meses e continuará a aplicar os Princípios de Design Circular – desenvolvidos em colaboração com a Fundação Ellen MacArthur – para criar soluções de packaging, que respondam aos desafios em constante mudança do mercado.