Um novo estudo da consultora Mintel mostra que o crescimento do e-commerce, durante a pandemia da COVID-19, levou a um boom na necessidade de serviços de logística. De acordo com a Mintel, o setor estará avaliado em 21 mil milhões de euros até 2024.

Com mais de quatro em cada dez consumidores a dizerem que fizeram mais compras online desde o início da pandemia e outros inquéritos que indicam que é pouco provável que as vendas online baixem significativamente quando as lojas de rua acabarem por reabrir, tudo indica que o aumento da necessidade de correio e serviços de entrega não será um fenómeno de curta duração.

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Porém, as empresas de logística podem estar com dificuldades em recrutar recursos humanos para dar resposta à nova situação, revela o relatório da Mintel. Com dezenas de milhares de entregas de encomendas a serem geradas todos os dias, a escassez de condutores treinados e experientes está em foco. O problema de recrutamento contínuo de motoristas do sector logístico está a ter um impacto particular na “last mile” de uma encomenda através do processo de compra online.

"Para os retalhistas online, uma experiência positiva na “last mile” é essencial para construir a satisfação e fidelização do cliente, mas esta é muitas vezes uma das fases mais desafiantes da cadeia ", diz Jo Bradley, gestora de desenvolvimento de negócios para soluções de embalagem na Quadient, empresa logística.

"Se a escassez de motoristas significa que os clientes não recebem os seus produtos com rapidez suficiente, procurarão noutro local, pelo que é essencial fazer o máximo uso dos recursos disponíveis. Isto significa otimizar a capacidade de cada veículo de entrega", adianta.

Para consegui-lo, as empresas de retalho e de logística estão a avaliar novas opções de embalagem, para otimizar o espaço nos carros e reduzir o desperdício, ao mesmo tempo que garantem a segurança dos produtos enviados.